Depois do maravilhoso jantar no Aizle e de termos visitado mais uns pubs no caminho para o hotel, adormecemos exaustos e cheios de expectativa para o dia seguinte.
Sábado acordámos cedinho, e munidos do nosso google maps, saimos do hotel ainda antes de tomarmos o pequeno almoco.

Começámos o dia no topo da Royal Mile, perto do castelo que já se estava a apinhar de turistas japoneses, nós optámos por nao visitar de novo este local, havia mais coisas para ver.
A nossa primeira paragem foi em St Giles Cathedral (sec XIV)
Na cripta da Catedral há um cafezinho (adoramos cafés em criptas de igrejas), que até tem uma esplanada para as traseiras, onde tomámos o pequeno almoço. Eu provei pela primeira vez papas de aveia. Estas com aveia escocesa, maÇã , mel e natas. Tão, tão bom que roubei a receita para o restaurante
Passámos também pelo mercado da Royal Mile. O local do mercado, numa igreja, é mesmo bonito e alternativo, mas não encontrámos nada que não fosse artesanato, daquele que se vende em todos os lugares….
Mesmo em frente à catedral está o Heart of Midlothian que marca o antigo centro administrativo da cidade onde estava localizada também a prisão e local de execucoes.
As compras comecaram na Fudge house. Eu costumo achar algum fudge demasiado doce, mas o desta loja na Royal Mile é uma delicia.
Os sabores sao a dar para o tradicional, não há grande inovação por aqui, mas que são realmente umas barrinha de um doce bom e bem feito não há dúvida!
E por falar em compras……


Embora ao longo do dia A Royal Mile tivesse mais e mais cheia de pessoas, esta avenida, à volta da qual cresceu toda a cidade velha, é um local lindíssimo e repleto de surpresas.
Diz-se que Edimburgo foi a primeira cidade com arranha-céus. A verdade é que com falta de espaço a cidade cresceu em altura. Nos andares de cima viviam as pessoas mais ricas, nos andares perto do chão e mesmo subterrâneos, os mais pobres. Quanto mais pobre mais pequena e escura era a casa.
Entre os edifícios formara-se becos ou corredores que davam acesso às traseiras dos prédios virados para a Royal Mile. Estes becos chamam-se closes e podemos encontrar dezenas deles ao subir ou descer a Royal Mile.
Alguns escondem pequenos jardins ou becos com parques que servem os apartamentos que os rodeiam.
Outros sao ruelas impossivelmente estreitas e nas quais caminhamos quase a medo…
Outros ainda foram transformados em cafés, restaurantes ou lojas…

A porta da Mimi´s bakehouse é também a antiga entrada num close. Esta mini pastelaria é conhecida pelos seus bolinhos e cupcakes, e como tem o nome da minha mana, tivemos de parar para mais um café e um bolinho.
O sitio é minimo, tem duas mesas. Nós bebemos café e partilhamos um cupcake, muito fofinho e macio com um biscoitinho e um buttercream de baunilha leve por cima.
Já no fim da Royal Mile está o edificio do parlamento escocês que por ser sábado não pudemos visitar, fica para a próxima 🙂
Ainda antes do almoço voltámos a subir a Royal Mile para visitar o Mary King´s close. Este close subterrâneo nao estava nos nossos planos. Tinha-nos parecido uma daquelas atracções construídas para turistas com palavras como fantasmas ou assombrado nos cartazes.
Mas eu fiquei fascinada com a ideia de um close escondido por baixo da cidade e acabámos por marcar uma visita. Se puderem marquem a vossa visita com antecedência e online, nós tivemos sorte e ainda conseguimos lugar num tour, mas era Outubro, imagino que no verão seja diferente.
Dentro do close nao se podem tirar fotografias, por isso vou usar algumas do site do Mary Kings close.

Este close foi parcialmente fechado para se fazerem novas construções no sec XVII. Os andares mais baixos dos prédios que cercavam o close e que tinham até oito andares foram fechados e usados como alicerces para os novos edifícios.
Entra-se em grupos à hora marcada e somos guiados por uma personagem ligada à história do close. A nossa guia era a filha de Mary King, uma burguesa do sec XVII que viveu no local. É uma visita bastante interessante, com alguns aspectos interactivos onde descobrimos mais sobre as personagens históricas que viveram no close, ou como viviam os habitantes da cidade nos sec XVI e XVII.

Algumas salas e histórias são um pouco assustadoras, mas nada que nos tire o sono. Há bastantes escadas e rampas escuras, não é no entanto um local claustrofóbico nem temos medo que o tecto nos caia em cima a cada segundo.
E já iamos a caminho do nosso almoço quando…..
Almoçámos no Whiski bar e comemos haggis. Eu como sabem evito comer carne tanto quanto possível, mas há pratos que quero por curiosidade pessoal e profissional provar. E olhem que haggis foi um prato que realmente me surpreendeu, uma delicia. Reconheço que os ingredientes deixam muitos horrorizados, o meu HC admitiu que não seria capaz de lhe tocar, mas eu sou adepta do nose to tail, se se mata um animal para o comer, é para se comer tudo! (ok, eu tenho como limite olhos… )

Embora este restaurante esteja na Royal Mile, no centro do território de turistas da cidade, não é um local caro. O pessoal é simpático e atento, e tanto as bebidas como a comida uma maravilha. (não se pode marcar mesa…..é chegar e sentar, ou beber uma cerveja enquanto se espera por mesa.)
E com um almocinho de haggis chegámos à tarde do nosso segundo dia em Edimburgo.
Nao percam no próximo episódio:
-rampa acima rampa abaixo
-muito whisky
-Brian Molko forever!!
Leiam os posts anteriores sobre a nossa visita a Edimburgo: