E aqui está finalmente a última parta da nossa pequena visita à capital escocesa. Nao me canso de vos dizer que esta é uma cidade encantadora e que nós mal podemos esperar por voltar ao universo real do DI Rebus.
Se este é primeiro post que estão a ler sobre Edimburgo, vejam aqui as nossas anteriores aventuras.
Edimburgo – planos e guia prático
Edimburgo Gaitas, fantasmas e whisky
Edimburgo – IV – Whisky e Placebo
Acordámos Domingo como qualquer pessoa com a nossa idade e uma compulsiva falta de juízo acorda, não preciso de vos dizer mais nada. Tínhamos felizmente na véspera preparado o nosso kit de sobrevivência aka pequeno almoço para manhãs difíceis. E depois desta primeira refeição e de muito café, lá saímos para explorar um pouco Edimburgo. Nao se via vivalma. Estaria toda a cidade a curar ainda a ressaca da noite anterior? Certamente. Mas nós tínhamos um cemitério e um museu para visitar.

A dreaded sunny day So I meet you at the cemetry gates Keats and Yeats are on your side A dreaded sunny day So I meet you at the cemetry gates Keats and Yeats are on your side While Wilde is on mine the Smiths
O Greyfriars Kirkyard foi a nossa primeira paragem já com o viking a pedir mais comida, é um rapaz de muito alimento como sabem, e visitar cemitérios antes de um pequeno almoço a sério não ë para ele.

Este cemitério é mais conhecido pela estátua e lenda do cãozinho Bobby que, conta a história, passou catorze anos a guardar a campa do seu companheiro humano depois deste ter morrido.

Mas nós que ainda temos uma costela gótica, o que queríamos mesmo ver eram as campas gradeadas para impedir o roubo de corpos muito em voga no inicio do sec XIX. Os corpos eram roubados e vendidos à escola que formava médicos. (era até uma boa causa)

Estas grades ou mortsafes eram alugados o tempo que fosse necessário para o corpo se decompor o suficiente para perder o interesse dos ressurection men.

Esta conversa abre mesmo o apetite nao é? Vamos ao pequeno almoço.
O Tower Restaurant fica no andar superior do Museu da Escócia e serve também pequenos-almoços.
É um bocadinho….formal mas num sentido menos bom…. antiquado. Mas a vista sobre a cidade é um sonho.

Eu aprendei nesta viagem a gostar de papas de aveia, e pedi até a receita e a marca da aveia que usavam neste restaurante. Trouxe pacotes de aveia, na mala, para a Suécia.
Os ovos Benedict do viking estavam para o duro. E é isto que me irrita em certos restaurantes, puxam a cadeira para te sentares, colocam-te o guardanapo no colo, e cozem os ovos escalfados, e não foi propriamente um pequeno almoço barato… (são estes meus amigos as questões que afligem os pseudo-foodies como nós, terão de compreender.)
Também no topo do museu há um terraço fantástico de onde se vê toda a cidade.
No Museu, que é enorme, podem acompanhar a história da Escócia e há também alas dedicadas à tecnologia, história natural, design, moda…. Até a ovelhinha Dolly lá está.
há salas para a criançada, com exposições interactivas, uma barulheira de fugir….
E com a nossa visita a Edimburgo quase a terminar fomos ainda almoçar! Desta vez o local escolhido foi o pub The Last Drop, o local indicado para quem começou o dia num cemitério. O pub fica no Grassmarket (que num domingo à hora de almoço é muitíssimo calmo), um antigo mercado e local de execuções.) A forca ficava de fronte para o local do pub, daí o nome “A última queda”.
Apesar da fama e nome o local é simpático e a comida boa e aconchegante. (e nao é caro)

Eu gostei mesmo de haggis. Tanto que comi este prato duas vezes. Já procurei entretanto receitas de haggis vegetariano para poder fazer em casa, mas vou esperar pelo Inverno…..

Depois de almoço fomos buscar as malas ao hotel e daí para o aeroporto, onde acreditem ou não, o viking ainda conseguiu comprar mais umas garrafas de whisky.
Edimburgo é uma cidade que realmente condiz connosco. Meio cinzenta, meio cenário de filme gótico, pequena o suficiente para não nos sentirmos sufocados por ela, grande que baste para nao sentirmos a falta de nada. Há museus bonitos, muita bebida e boa comida. As pessoas são de uma simpatia extraordinária.
Na nossa próxima visita quero conhecer a Lia, seguir as pegadas de Rebus, ir ao Arthurs seat, visitar a Scottish National Gallery, Dean Village…e voltar a comer no Aizle…
Obrigada a todos por nos acompanharem, como sempre temos um mapa com todos os sítios por onde passámos e com algumas indicações sobre a cidade que podemos partilhar caso visitem Edimburgo.