Confitar, ou cozinhar os alimentos em temperaturas muito baixas durante um longo período, é uma técnica antiga e deliciosa que nos ajuda a preservar comida.
Continue a ler “Clementinas confitadas com especiarias e o preço das tardes livres”
Confitar, ou cozinhar os alimentos em temperaturas muito baixas durante um longo período, é uma técnica antiga e deliciosa que nos ajuda a preservar comida.
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Esta já é a terceira versão do pão sem amassar, tornado famoso pelo nosso minimalista favorito há uns anos, e que deve ser a forma mais simples de fazer em nossas casa um pão delicioso e saudável, que publico na Padaria.O “truque” desta receita é usar pouco fermento e dar ao pão tempo para que fermente e desenvolva sabor, sem amassar, dobras, iscos, batedeiras ou sujar a cozinha.
A quantidade reduzida de fermento é muito importante se queremos um sabor semelhante ao nosso pão tradicional e não um pão que saiba ao fabricado industrialmente de forma rápida e a saber a falso. Para criar a maravilhosa e estaladiça crosta, o ideal é cozer o pão dentro de uma panela de ferro ou de um pyrex pré-aquecidos. Já cozi o pão simplesmente numa forma de bolo inglês, e embora não tenha ficado com um aspecto tão rústico e estaladiço, é igualmente bom.
Aqui podem ver o meu passo-a-passo da receita original.
Aqui está a versão cozida na forma de bolo inglês
Alguns pontos importantes:
– Podem usar qualquer tipo de farinha, mas o teor de proteínas/glúten das farinhas que escolherem vai influenciar também a estrutura do miolo e o tipo de pão.
– O nível de hidratação da massa, ou quantidade de água que usamos, altera também pão, tempo de cozedura e tipo de miolo.
– O tempo de cozedura depende muito dos nossos fornos e até do tipo de farinha que estamos a usar, por isso é possível que em relação às minhas indicações o vosso pão precise de mais ou menos tempo no forno.
– É muito importante que deixem o pão arrefecer e secar bem antes de o cortarem. Ao sair do forno o interior do pão tem ainda vapor, que tem de evaporar. Se cortarem logo o pão não só amachucam o miolo como o pão vos vai parecer “molhado”.
Espero que com esta receita convença os mais temerosos a tentar fazer pãozinho caseiro, e para não me dizerem que só vos dou pão com manteiga, hoje preparei-vos uma fatiazinha com Brie, doce de figos e canela, e nozes.
Ingredientes:
Preparação:
Na véspera à noite.
Diluam o fermento na água tépida. Numa tigela grande, misturem com uma colher de pau as farinhas, o sal e a água com o fermento. Não é preciso bater nem cansarem-se. Coloquem a tigela num saco plástico grande e esqueçam-se dela durante a noite.
No outro dia aqueçam o forno à temperatura mais alta com o pyrex ou a panela. (Se vão usar a forma de bolo inglês não é necessário aquecê-la.)
Salpiquem a massa com farinha e usando uma espátula, tentem afasta-la das paredes da tigela cobrindo-a muito levemente de farinha.
Com muito cuidado, retirem o recipiente do forno, deitem a massa, tampem-no e levem a cozer a 225ºC durante 30 minutos. Destapem e cozam durante mais 30 minutos.
Com a forma de bolo inglês o pão coze muito mais rapidamente. (habitualmente 35 minutos no total. – temperatura de 200ºC a 225ºC dependendo dos vossos fornos.)
Assim que pão estiver pronto, façam o teste das pancadinhas, já sabem, deixem-no arrefecer bem fora da panela ou forma.
Dizem-me por vezes que tenho uma memória excêntrica, é verdade. Raros são os poemas que sei de cor, não consigo cantarolar uma música sem que me engane na letra uma ou duas vezes, esqueço-me constantemente das datas de aniversário e idades de amigos e família.
Mas lembro-me de pequenos detalhes que talvez vos pareçam muito menos importantes. Histórias da infância de amigos, o anel de um estranho no autocarro, uma conversa entre amigas na mesa de café ao lado da nossa. Lembro-me da chegada de cada novo amigo a esta Padaria. Lembro-me da primeira vez que falei com a Su.
Lembro-me e arrependo-me porque sei agora, com a chegada do primeiro aniversário do teu blogue, que embora gostemos tanto de conversar uma com a outra, nunca te pedi desculpa. E já passou um ano. Talvez não te lembres, no fórum que frequentávamos havia um tópico sobre comida light. Às tantas eu sugeri que se substituíssem natas por sourcream, e tu muito educadamente respondeste que tinhas a ideia de que o sourcream tinha por vezes mais calorias que as natas. Eu perdi a cabeça e disse que natas com 5% de gordura não eram natas e qualquer coisa do género de “no que diz respeito a calorias, não é ter ideias, é ler os rótulos.”. Não fui mal-educada, mas demasiado brusca, mais ainda para uma forista que realmente não conhecia. Arrependi-me assim que li a mensagem, mas não tive coragem de a editar, nem de me desculpar. Tu ainda me respondeste com delicadeza e disseste gostar muito do meu blogue. Fui ver o teu, até hoje.
Os nosso blogues não podiam ser mais diferentes, o meu está cheio de manteiga, natas gordas, doces e pão, a Suvelle Cuisine oferece-nos os mais delicados pratos sempre lindos e leves, pouca gordura, pouco açúcar. E no entanto, no meu dia-a-dia faço uma alimentação tão cuidada como a da Su, e em dias especiais, a Su deleita-se com uma valente tosta com queijo derretido, ou um crème brulée feito a preceito. Olhando para nós e para os nossos blogues, parecemos o mais estranho dos pares, e ainda assim as nossas ideias, gostos e personalidades são muito mais parecidas do que alguma vez poderíamos imaginar.
Para participar no passatempo do aniversário da Su, escolhi uma receita que brinca um pouco com a ideia de estranhas combinações.
O que têm em comum o meu viking, Heston Blumenthal e o Dr Oz? (Não, não tenho nenhuma paixão assolapada pelo Dr Oz, por isso não é o que estão a pensar…)
Desistem?
O pequeno-almoço. Iogurte e mirtilos. Entrada mais saudável para um novo dia não há. Estas pequenas bolinhas azuis são uma bomba de vitaminas e outros benefícios para o nosso bem-estar.
Curiosamente o chef cuja receita de puré de batata indica 500 gramas de batatas para cada 250 gramas de manteiga (leram bem), opta por iogurte magro, enquanto o guru da boa forma escolhe iogurte grego com 3% de gordura*. E com razão, se lerem os rótulos de alguns iogurtes, verão que a menos gordura não correspondem necessariamente menos calorias. Desprovido de gordura e sabor o iogurte precisa de mais açúcar ou adoçantes para continuar apetecível. Para esta receita uso também iogurte grego 3% de gordura, e não acrescento sequer uma colher de mel.
É uma forma fantástica de transformar o pequeno-almoço em sobremesa e de nos deliciarmos com uma tigela de gelado a meio da semana sem peso na consciência.
Esta é uma versão do Sorbet minimalista que vos apresentei talvez há um ano, faço-a muitas vezes com frutos diferentes, nectarinas e pêssegos, qualquer tipo de frutos silvestres… tenho a certeza de que vão adorar.
Mais simples não há:
Ingredientes:
2 partes de fruta congelada para cada parte de iogurte
Açúcar, mel, ou o que acharem necessário.
Preparação:
Tudo no processador de alimentos, ou misturado com a varinha mágica. Sirvam imediatamente, Se colocarem o sorbet no congelador vai ficar bastante mais duro do que gelado normal, por isso retirem-no no frio uns minutos antes de servir.
* – Ouvi a informação referente aos 3% de gordura noutra entrevista.
E foi graças ao meu Famous Grouse, que pude revisitar, com algumas alterações, um bolo do qual há uns meses fiz uma versão com peras e que adorámos cá em casa. A receita original é de Mark Bittman, um bolo rico, ensopadinho em whisky, quase com a textura do savarin, que se faz no processador de alimentos em minutos.
Ingredientes:
Para a calda
Preparação:
Coloquem as maçãs e o açúcar no processador de alimentos e batam bem. Juntem os ovos um a um e a manteiga fria cortada em cubos. A massa vai parecer talhada, não se preocupem.
Misturem a farinha o sal, as especiarias e o fermento em pó sem bater. (Eu desligo o processador, retiro a lâmina e misturo a farinha na tigela do processador, mas usando uma colher de pau.)
Se não têm processador de alimentos, usem a varinha mágica para desfazer as maçãs e podem bater o resto do bolo à mão.
Deitem o preparado numa tigela de ir ao forno, e cozam a 175ºC por aproximadamente 40 minutos. (Alternativamente podem usar ramekins)
Retirem o bolo do forno. Num tacho derretam a manteiga juntamente com o whisky e o açúcar. Deitem a mistura sobre o bolo e deixem ensopar bem antes de servir.