Há muitos anos, folheava eu um livro, outro do Readers Digest, quando me deparei com a imagem de um palácio que embora real parecia saído de um conto de fadas. A minha mãe notou-me de tal forma absorta na fotografia que enquanto passava a ferro me informou casualmente: “Foi um rei louco que mandou construir esse palácio, esse e outros como castelos de contos de fadas.” E ao lado da imagem de Neuschwanstein, lá estava uma fotografia pequenita e meio desfocada de Ludwig II.
Em Janeiro, com neve e frio, e passadas as semanas de festas e Natal, começo, para me tentar animar, relembrar as nossas últimas férias e a sonhar com as próximas.
Este é um post que me tem custado escrever e é agora a menos de duas semanas de mais uma prova que finalmente me forcei a sentar e registar como correu a segunda parte do TDS do ano passado.
Acho que nunca publiquei um post com tantas fotografias!
Acordámos quarta-feira, no quinto dia da nossa viagem, já em Chamonix. Como o meu mano vinha dormir connosco na noite antes da prova, tínhamos-lhe marcado um quarto ao lado do nosso, e escolhemos um hotel com piscina e sauna para ele poder relaxar.
O nosso hotel.- fotografias do site.
Para este dia tínhamos escolhido subir à Aiguille du Midi, e o Step into the Void.
A Aiguille du Midi é o pico que fica situado a 3842 metros de altitude no massivo do Mont Blanc dos Alpes franceses, é o mais próximo que nos podemos aproximar do do pico do Mont Blanc se não formos alpinistas.
A subida é feita do centro de Chamonix em gondolas. È uma subida um pouco assustadora porque vamos literalmente pendurados por cabos a balançar no ar.
Para as crianças é especialmente difícil, por isso não levem os vossos minis se lá forem.
A vista depois da tormenta da subida é realmente do outro mundo, mesmo para mim que detesto neve.
Da Aiguille du Midi temos também acesso ao “Step into the Void”, com o qual o meu Viking estava a sonhar desde começamos a planear esta viagem.
O“Step into the Void” é um espaço com paredes e chão de vidro a uma altitude de 3842 metros. Por baixo do chão de vidro estão 1000 metros de abismo.
Eu admito que estava tão gelada que talvez não tenha apreciado esta manhã nos Alpes tao bem como se estivesse bem agasalhada. Valeu-nos a cafeteria onde ainda bebemos um café com leite antes da viagem de volta a Chamonix, onde estava calor e imenso Sol.
Este era o dia antes da prova do Pedro e ele passou-o nos seus preparativos, nós depois de almoço e de um passeio por Chamonix fomos às compras ao Carrefour.
Chamonix – Agosto 2015 – 1 dia antes do TDS
Eu pronta para alimentar o meu Viking e possivelmente o mano durante a sua prova comprei tudo desde chocolate para fazer chocolate quente, café, pão, fruta, nutella, doces, até sopas daqueles que se fazem na caneca.
Comprei até termos!
Fomos buscar o meu mano e regressámos ao hotel para jantar e forçar o meu mano a descansar um pouco antes da prova.
Recolhemos aos quartos quase às dez da noite, o Pedro jantou frango com massa, sem molho, sem legumes, sem sobremesa. Eu para dar apoio moral comi apenas saladas. O viking comeu tudo a que tinha direito. Tinha de se alimentar porque ia passar as próximas trinta horas fechado comigo no carro Alpes acima Alpes abaixo.
“Pedro, tens de descansar….despacha-te!”
No seu quarto o Pedro fez connosco a sua mochila de apoio que nós íamos levar no carro, deu-nos os dorsais de acompanhante, e preparou-se para o dia seguinte. (A preparação. desde colar a “tatuagem” com o percurso no braço, a fechar-se com a barbeadora na casa-de-banho e sair com menos pelos no corpo do que eu, a embrulhar-se numa fita adesiva, penso que para ajudar a suportar os músculos, demora horas e eu vou-vos poupar aos detalhes, e à carga de nervos que apanhei a ver o tempo que ele ia descansar a passar….)
Eu voltei ao meu quarto à uma da manha, o Viking já a dormir.
O TDS a prova que o Pedro correu, começa cedo em Courmayeur em Itália e nós tentámos todos descansar tanto quanto possível, a grande aventura estava a aproximar-se.