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Megas, gigantes e minis…. e uma bolacha para partilhar

Penso que foi há mais de dez anos que vi pela primeira vez, num blogue que se chamava qualquer coisa como Pimp my snack or Pimp that snack, um mars  gigante.

Gigante!

Mais recentemente surgiu também a loucura da mini comida, uma pizza do tamanho de um dedal, um prato de fish and chips não maior do que uma moeda.

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Imagino que no fundo todos temos em nós ainda uma crianças que quer brincar aos gigantes e comer um bolo inteirinho só com uma dentada, e um gigante  que quer ser criança, segurar numa bolacha com duas mãos e fazer este tesouro durar horas.

A receita de hoje é uma bolacha gigante inspirada na oreo  red velvet criada para o dia dos namorados.

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Admito que acho imensa graça a esta forma de brincar com  a comida, e não falo aqui claro das bebidas e comida americanas, dos copos de coca cola de dois litros ou dos hamburgers com cinco quilos de carne.

Para vos ser sincera, acho até esta cultura de ter concursos em restaurantes onde somos desafiados a comer vinte litros de gelado em meia hora assustadores e desrespeitosos.

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É um incitar ao comer demasiado, ao enfardar em vez de nos alimentarmos e apreciar os sabores do que comemos, é um desperdício, um atentado a quem nada tem para comer, aos animais que morreram em vão, e em última análise ao nosso  planeta. Tao triste é por vezes este mundo da abundância e do excesso em que vivemos.

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A minha mega bolacha cabe nos nossos fornos, e serve duas a quatro pessoas. “Então o que é a sobremesa? “tenho ali uma bolacha…”

Adaptado do canal bigger bolder baking onde podem ver mais versões desta  bolacha e a receita original.

 

Super bolacha Oreo do dia dos namorados

Ingredientes: (1 bolacha dupla que cabe num prato de sobremesa.

Bolacha:

  • 100 g de farinha de trigo
  • 90g de açúcar
  • 70 g de manteiga
  • 2 colheres de sopa de cacau
  • 1 colher de chá de canela moída
  • 1 colher de chá de extracto de baunilha
  • 2 colheres de sopa de leite
  • corante alimentar vermelho

 

Recheio:

  • 1 dl de natas
  • 1 dl de queijo creme
  • 1 colher de sopa de icing sugar
  • 1 colher de café de baunilha (uso vagem de baunilha moída)

 

 

Preparação:

Aqueçam o forno a 180°C

Forrem um tabuleiro de forno com um tapete de silicone ou papel vegetal.

Misturem rapidamente todos os ingredientes para as bolachas, podem até usar um processador de alimentos. Lembrem-se é que este tipo de massas não deve ser amassado para não desenvolver o glúten da farinha.

Enrolem a massa em pelicula aderente e coloquem-na no congelador 15 minutos.

Dividam a massa em duas bolas, coloquem-nos no tabuleiro bem afastadas e espalmem-nas um pouco. (a massa vai baixar e espalhar-se mais durante a cozedura)

Levem o tabuleiro ao forno durante aproximadamente 15 minutos. (o centro da bolacha deve estar ainda molinho)

Deixem as bolachas arrefecer e, entretanto, preparem o recheio.

Batam as natas com o icing suagr e a baunilha em chantilly. Acrescentem o queijo e batam rapidamente. Atenção que se o queijo for baixo em gordura vão perder volume  e quanto mais baterem mais liquido fica o creme.

Recheiem a super bolacha, salpiquem com icing sugar e surpreendam alguém que mereça um presente especial.

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Skype, tecnofobia, cubo mágico e torta de ervilhas

A minha mãe, de quem vos falei há uns anos no post sobre uma história de terror (mãe, carrega em história de terror, está a azul, é uma ligação para outra página.), descobriu este domingo e via skype que eu tenho um sítio online onde escarrapacho a minha vida.
Será que eu em cinco anos, e vá dando o desconto do tempo em que a padaria esteve fechada, nunca lhe disse que tinha um blogue? Duvido.
A conversa foi a seguinte:
Mãe – Então estás muito cansada? Pareces cansada…tens uma borbulha no nariz já viste? ( como se não tivesse espelhos em casa…) Tens trabalhado muito? Como vai o restaurante? Trabalhaste ontem? O teu rapaz? Estás a descansar? O que estás a fazer?
Eu- Se lesses o meu blogue sabias tudo….
Mãe- E onde é que eu leio isso?
Eu- Chama o pai….

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A minha mãe sempre foi um pouco tecnofóbica. Bem, para vos ser honesta, não sei se é tecnofobia se a grande dificuldade que tem em admitir que não sabe fazer tudo e que há coisas que alguém tem de lhe ensinar. Talvez seja apenas avessa a coisas novas.

Explico-vos. A minha mana e eu fomos as últimas miúdas a ter um cubo mágico, e foi o nosso pai que o comprou num sábado de manhã de compras na baixa, (na casa da borracha ou dos pneus, não me lembro o nome). A mãe claro foi contra, irritava-se com o som do cubo, e num dia que a minha mana e eu lutávamos pelo objecto, abriu a janela e atirou-o borda fora.

Eu fui com o meu pai (que tem uma paciência de Jó) na manhã seguinte desencantar o cubinho plantado entre as alfaces de uma hortinha que um vizinho tinha por essa altura nas nossas traseiras.

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Até ao momento em que, penso que para nos provar o quão fácil era completar o quebra-cabeças, pegou no cubo. A minha mãe que em termos de teimosia/determinação é cem vezes pior do que eu, já não o largou. A minha mana e eu fomos proibidas de tocar no brinquedo, a minha mãe comprou um livro para aprender a resolver o cubo e passava todos os momentos livres agarrada a ele.
Noite após noite, adormecíamos com o som do qqqrrrr qqqqrrrr vindo do quarto dos meus pais, a minha mãe, na cama, de livro e lápis na mesa de cabeceira, cubo nas mãos.
Acordámos uma vez com os seus gritos “Consegui, consegui!”.
O cubo foi posto na estante, um monumento à enorme tenacidade da minha mãe, o Oscar da sua determinação.

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A minha mãe não parece muito entusiasmada com o facto de eu partilhar a minha vida com os meus leitores, tal como foi contra a minha mudança de carreira, imagino que também não goste de blogues, mas se bem a conheço isto não vai durar.
Daqui a pouco tem um blogue maior do que o meu, vai começar a acordar às seis da manhã para ter tempo de cozinhar e fotografar com boa luz. Mais ninguém terá acesso ao computador, e ninguém poderá tocar na comida antes das fotografias serem aprovadas.

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Domingo, enquanto conversávamos, tinha eu esta torta no forno. Gosto imenso de comer salmão com ervilhas, e ando a imaginar formas e receitas diferentes com esta combinação, esta é apenas a primeira.
Esta torta é leve e macia, e pode ser servida como uma entrada fria, ou prato principal acompanhada de mais ervilhas e um pouco de queijo fresco e óleo de endro ou menta.

Torta de ervilhas com salmão fumado e queijo creme

Ingredientes: (4 porções)
Torta:
100 gramas de ervilhas congeladas
3 ovos
50 gramas de farinha
4 colheres de sopa de água
S&P

Recheio:
Salmão fumado
Queijo creme

Para acompanhar
Ervilhas
Queijo creme
Óleo de endro ou menta

Preparação:
Aqueçam o forno a 150°C. Forrem um tabuleiro com papel vegetal e barrem-no com manteiga.
Cozam as ervilhas em água com sal. Escorram-nas e coloquem-nas em água gelada para manterem a cor. Triturem as ervilhas com a água e as gemas. Misurem a farinha peneirada e as claras batidas em castelo. Temperem com sal e pimenta. Coloquem o preparado no taubuleiro, alisem e levem ao forno durante aproximadamente 15 minutos, verifiquem se a torta está pronta com um palito, como se fosse um bolo normal.
Retirem a torta do forno. Eu costumo enrolar a torta imediatamente sem recheio, deixar arrefecer e depois cuidadosamente desenrolo a torta, coloco o recheio e volto a enrolar.
Sirvam com ervilhas e queijo creme.

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Biscoitos de laranja amarga e queijo creme

Pão Wasa com queijo creme e doce de laranja é um dos meus pequenos-almoços favoritos, e enquanto me deliciava ontem com este petisco entre o café, os e-mails e as noticias, pensei que esta combinação devia fazer uns biscoitinhos magníficos. E faz,  a cremosidade do queijo que substitui quase na totalidade a habitual manteiga neste tipo de receitas, contrasta com o sabor forte e intenso da laranja amarga, uma verdadeira tentação. Na Suécia vende-se casca de laranja amarga em pó, foi o que usei na  minha receita, como penso que este produto não está à venda em Portugal, aconselho-vos a substitui-lo por raspa de laranja.
 

Ingredientes: (24 biscoitos)

  •  200 gramas de queijo creme
  • 50 gramas de manteiga
  • 1 dl de doce de laranja amarga + um pouco para decorar
  • Raspa de um laranja
  • Sumo de ½ laranja
  • 100 gramas de açúcar (ajustem consoante o vosso gosto e a marca de doce que estão a usar)
  • 320 gramas de farinha de trigo

Preparação:

Aqueçam o forno a 190ºC.

Forrem tabuleiros de ir ao forno com papel vegetal.

Misturem todos os ingredientes, sem os trabalhar demasiado.

Formem com a massa pequenas bolinhas, eu uso a medida de uma colher de sobremesa para me guiar. Coloquem as bolinhas nos tabuleiros e espalmem-nas ligeiramente.

Levem ao forno durante aproximadamente  15 minutos.

Pincelem os biscoitos ainda quentes com um pouco de doce de laranja amarga e decorem com umas casquinhas de laranja.